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  • Foto do escritoraneline hengemuhle

Xerostomia ou boca seca

Xerostomia


Xerostomia, ou boca seca, é um sintoma associado, ou não, à baixa ou nenhuma produção de saliva pelas glândulas salivares. Em alguns casos, a xerostomia é temporária e acontece porque o paciente dormiu de boca aberta ou mesmo não ingeriu líquidos suficientes, por exemplo. No entanto, algumas pessoas podem apresentar a xerostomia de forma crônica, sendo que a condição pode ser bastante incômoda. Os pacientes com xerostomia queixam-se de desconforto para deglutir ou falar, paladar alterado e ardência bucal, Além disso, a diminuição do fluxo salivar pode trazer complicações como aumento da incidência de cárie e doenças fúngicas (candidíase e queilite angular, por exemplo).

Muitas vezes, o indivíduo pode consumir mais bebidas e alimentos buscando a sensação de conforto, o que pode, a longo prazo, trazer aumento de peso. Já os casos em que há dificuldade de engolir, podem estar relacionados a perda de peso.


Causas

  • Tratamento oncológico (Radiação da região de cabeça e pescoço/ Quimioterapia);

  • Tabaco;

  • Abuso de álcool.

  • Respiração bucal;

  • Lesões de boca;

  • Causas odontológicas;

  • Desidratação;

  • Doenças inflamatórias crônicas, como Síndrome de Sjogren, Artrite Reumatoide e Lúpus;

  • Distúrbios endócrinos, por exemplo, Hipotiroidismo; Hipertiroidismo; Diabetes Mellitus tipo 1 ou 2;

  • Depressão ou Ansiedade;

  • Parkinson;

  • Doença renal crônica;

  • Anemia;

  • Bulimia;


Muitos medicamentos podem estar envolvidos no desenvolvimento de xerostomia, no entanto, o tratamento não deve ser interrompido, é necessária uma avaliação individualizada, alguns exemplos são:

  • Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Imipramina);

  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (Citalopram, Escitalopram, Fluoxetina, Sertralina);

  • Antipsicóticos (Olanzapina, Clozapina, Haloperidol, Quetiapina, Risperidona);

  • Supressores de apetite;

  • Bupropiona;

  • Broncodilatadores beta2 agonistas;

  • Relaxantes musculares;

  • Benzodiazepinicos (Diazepam, Lorazepam);

  • Anti-hipertensivos (Atenolol, Metoprolol, Diltiazem, Verapamil, Nifedipina);

  • Diuréticos (Furosemida, Hidroclorotiazida);

  • Opioides (Codeína, Tramadol, Morfina).


Tratamento 

O tratamento da xerostomia, de modo geral, envolve o tratamento da condição que está causando a xerostomia. Além de troca de medicamentos, cessação do tabagismo, controle de doença sistêmica, diminuição cafeína e de consumo de álcool. Em casos mais graves, é possível recorrer ao uso de uma saliva artificial em spray ou gotas que pode ser aplicada duas ou mais vezes por dia para evitar complicações provocadas pela xerostomia.





Orientações Nutricionais

Se não estiver com lesões na boca, procure ingerir sucos e alimentos ácidos, pois estimulam a produção de saliva, uma sugestão é utilizar gotas de limão nos alimentos ou bebidas, essa prática traz grande alívio à sensação de boca seca. Ingerir líquidos junto às refeições facilita a mastigação e a deglutição. Evite ou reduza o consumo de chás como o preto e o verde, refrigerantes e cafés.

Adicione caldos e molhos às preparações e evite o consumo de alimentos duros, crocantes ou secos. Procure utilizar ervas aromáticas como tempero, evitando sal e condimentos em excesso. A ingestão de frutas também ajuda na produção de saliva. 

O diagnóstico e tratamento dever ser feito por um profissional médico, já o manejo nutricional é atribuição do nutricionista. Embora não parece uma condição grave, a xerostomia diminui a qualidade de vida e pode estar associada ao excesso ou perda de peso corporal, além de deficiências nutricionais. Procure ajuda.




Nutricionista Aneline Hengemuhle

CRN 2 18087


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